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O peso do QE na construção de uma alma leve
- 18 de janeiro de 2025
- Postado por: Alessandra Gonzaga
- Categoria: Mindfulness
Não deixo de me surpreender com a importância da inteligência emocional nos dias de hoje. Lembro que há quinze anos, quando comecei a ministrar workshops sobre IE, conseguíamos usar uma hora e meia em turmas de 20 pessoas apenas para tentarmos circunscrever o que é IE e o que ela nos traz de benefícios. E as pessoas ficavam encantadas como “nunca haviam pensado nisso” ou como “percebiam que o campo era amplo, incrivelmente conectado à sua vida pessoal e profissional”. Pois em 2024 não existem mais amplas revelações sobre a aplicabilidade do conceito de IE. As pessoas já chegam sabendo exatamente por que precisam da IE e em que contexto de seu trabalho, de sua equipe e de seus desafios pessoais ela é necessária. Ainda, em poucos minutos a turma já começa a argumentar sobre os diferentes usos e possibilidades das competências socioemocionais.
Se formos um pouco mais longe no tempo, há 30 anos, tornava-se popular o conceito de quociente emocional, ou QE, como uma medida que explicaria um tipo muito peculiar de inteligência, ligada ao mundo subjetivo das emoções. Isso era bastante revolucionário, mérito dos professores Peter Salovey e Jack Mayer, nos estudos de Yale sobre IE, porque até então só tínhamos a ideia do QI, quociente de inteligência. E medir a inteligência de alguém tinha a ver com tarefas ligadas ao raciocínio lógico, abstrato e analítico. Mas nunca, jamais, era ligado a problemas de nossos sentimentos pessoais e relacionamentos. E eis que a realidade virou de cabeça para baixo e vivemos numa época em que ser capaz de dominar nossas angústias internas e ao mesmo tempo ter clareza mental para os negócios passa ser um desafio titânico.
A dicotomia entre QE e QI é algo superado também, já que sabemos por prática e lógica que precisamos de diferentes inteligências (leia-se conjunto de habilidades mentais) para lidarmos com nossas rotinas de trabalho. E não é diferente no mundo das tarefas de liderança e das competências comportamentais.
Em recente artigo, a Forbes elege a inteligência emocional como a mais importante competência de liderança do ano de 2024, tanto para cargos executivos como para líderes emergentes. A justificativa vem por conta dos diversos desafios humanos para o gerenciamento de equipes, desde conflitos geracionais, estruturas de trabalho híbrido e avanço de tecnologias inteligentes até os tradicionais embates em torno do aumento de performance em um mundo altamente globalizado. Sem dúvida, além das tradicionais competências de liderança estamos ampliando o domínio das tais soft skills, ou competências sociais, uma vez que conseguir articular relacionamentos e tudo que eles envolvem parece ser uma tarefa cada vez mais difícil.
E já que estamos no mês de arrancada para ciclos de desenvolvimento executivo, é importante que possamos compreender que o quociente emocional (ou seja o resultante dos diferentes fatores ligados à IE) é composto por diferentes dimensões: autoconsciência, autocontrole, consciência social e gestão de relacionamentos. Destas a mais relevante em uma jornada de desenvolvimento é a autoconsciência das emoções, traduzida muitas vezes como autoconhecimento. Sim, tudo começa com a visão que conseguimos ter de nosso mundo interno. De como organizamos as diferentes demandas e informações situacionais que os contextos nos trazem. Do nível de atenção que temos a nossos humores e o efeito que eles têm no que estamos prestes a fazer, a todo momento. E tudo isso tem a ver com bem estar e saúde.
Nesse mês, o Janeiro Branco, lembramos da importância da saúde mental e emocional. A cor branca foi escolhida por representar simbolicamente uma “folha de papel em branco” ou uma tela em branco, em que podemos escrever nossos projetos, metas, expectativas, desejos, entre outras coisas, deixando de lado os padrões destrutivos que nos impedem de fazer boas escolhas. Para alcançarmos essa paz de espírito, é essencial a capacidade de uma boa regulação emocional, de forma a acalmar e livrar a mente de estados emocionais aflitivos e de promover consonância com nossas crenças e valores.
Na Conexão IE, nossa versão da “tela branca” é ter uma alma leve. Por isso organizamos uma live aberta para tratar sobre ansiedade, frustração e confusão mental, fatores turvam nossa saúde emocional. Durante o encontro vamos compreender mecanismos de autocompaixão, praticar meditação guiada e descobrir formas simples de autocuidado. Tudo para que, no final das contas, nosso quociente emocional possa ser tão grande quanto os desafios que nos esperam nos meses a frente.
Vem com a gente nesse encontro e esteja preparado para encarar esse 2024 mais leve.
E para dar uma vibe ainda mais gostosa a esse evento, resolvemos abraçar uma causa muito bacana, os animais. O valor arrecadado no evento será dobrado pela Conexão IE e totalmente revertido para uma entidade de auxílio a gatinhos e cachorros de rua. No verão são muitos os casos de abandono e queremos contribuir com uma energia de compaixão, cuidado e atenção aos animais.
Para se inscrever, utilize o link: https://bit.ly/4b0dip2
Te espero na quinta e nos ajude a levar essa ideia para outras pessoas, compartilhando com seus amigos, para, juntos, vivermos um ano de mais harmonia e leveza.